domingo, 3 de setembro de 2017

Cibercultura - Aula 2 - Profª Lílian


A Cibercultura é um fenômeno global que oferece novas formas de comunicação, o que chama a atenção de milhares de pessoas ao redor do mundo. Para Lévy, a rede é, antes de tudo, um instrumento de comunicação, um lugar virtual no qual as comunidades ajudam seus membros a aprender o que querem saber.A cibercultura possui quatro linhas de abordagem:

1. utópica – estuda a introdução das novas tecnologias na sociedade e seus efeitos.

2. informativa – estuda como as tecnologias têm influência na produção de novas práticas culturais

3. antropológica – estuda as mudanças que as TIC’s (Tecnologias da Informação e Comunicação) causam na relação entre o homem e o meio

4. epistemológica – são as novas teorias criadas a partir do advento do conceito da cibercultura


Pierre Levy, um dos principais teóricos contemporâneos, elenca em quatro elementos a estruturação da Cibercultura: o ciberesespaço, o virtual, as comunidades virtuais e a inteligência coletiva.

O CIBERESPAÇO é uma migração do mundo real para um mundo de interações virtuais. Ele permite a interconexão entre  computadores e rede e é um espaço aberto, propício ao contínuo crescimento. Ao se conectar à Internet, o indivíduo está conectado com o ciberespaço.


VIRTUAL – Resgatando a terminologia da escolástica medieval, o termo virtual vem de virtus, que significa força, potência. Assim, o virtual é algo que existe em potência e não em ato. Algo virtual tende a se atualizar através do tempo. Num exemplo clássico podemos dizer que a semente é uma árvore em potência. Nos termos de Lévy, ela é virtualmente uma árvore. Já a árvore é a semente em ato, depois de efetivada sua potencialidade. "Em termos rigorosamente filosóficos, o virtual não se opõe ao real mas ao atual: virtualidade e atualidade são apenas duas maneiras de ser diferentes" (LÉVY, 2011, p. 15).


Popularmente o virtual é entendido como uma oposição ao real. Aquilo que não está na realidade é porque está no ambiente virtual. Mas, dentro da teoria de Pierre Levy, o virtual não faz oposição ao real, mas sim faz parte da realidade. Para ela, o contrário de virtual é o “atual”, no sentido de algo que está acontecendo neste exato momento. O que se opõe ao mundo virtual, na visão do filósofo, é o mundo físico. Os objetos existem no mundo físico e podem passar a integrar o mundo virtual a partir do processo de digitalização. Uma vez no mundo virtual eles podem ser passíveis de atualizações, se constituindo em novas realidades. Um outro exemplo são os dados armazenados dentro dos servidores, que estão no mundo virtual e que, somente com a ocorrência do atual é que se transformam em informação dentro do mundo virtual.


INTELIGÊNCIA COLETIVA - princípio no qual as inteligências individuais são somadas e compartilhadas por toda a sociedade, sendo potencializadas a partir do surgimento de novas tecnologias de comunicação como a internet, por exemplo. Levy afirma que a inteligência coletiva possibilita o compartilhamento da memória, da imaginação e da percepção, o que resulta na aprendizagem coletiva e numa troca de conhecimentos.

A partir do ciberespaço, as inteligências individuais, com características e qualidades próprias, podem interagir entre si, a partir de comunidades virtuais, criando novos conhecimentos e novas inteligências.

A inteligência coletiva trabalha também com a ideia de potencialidades, ou seja, de inteligências que podem ser, a qualquer momento, complementadas, expandidas e compartilhadas.


COMUNIDADES VIRTUAIS – são os espaços dentro do ciberespaço que compreendem a troca de conhecimento de informação, a construção coletiva do conhecimento. Como exemplos práticos, basta olhar para o ciberespaço e notar a natureza de sites como o Wikipédia (construção coletiva do conhecimento) ou um tutorial no Youtube (compartilhamento do conhecimento) para se ter uma ideia pragmática do conceito.

Introdução à Cibercultura - Profª. Lílian

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Slides sobre Ciberdemocracia - Prof. Abud


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Slides sobre Cibercultura - aula 1 Prof. Abud

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